O vinho produzido no cerrado tem como componente principal para sua qualidade a pesquisa e a tecnologia. O solo e o clima não são os usuais para a produção de uvas, então o manejo do vinhedo precisou ser regado com inovação.
E, nesta hora, os proprietários da Vinícola Locanda do Valle recorreram a Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa), além de usarem exemplos de métodos que deram certo em empreendimentos de sucesso no ramo de vinhos premium.
A técnica desenvolvida foi a da poda invertida, na qual se consegue controlar o tempo de maturação da uva. Assim, torna-se possível colher o fruto no momento em que ele alcança o ápice de qualidade em açucares, aromas e coloração.
Todo o processo é acompanhado de perto por uma equipe de agrônomos, especialistas no desenvolvimento de vinícolas boutique. Profissionais que atuaram na formação de empreendimento conhecidos no mercado nacional e internacional, como as vinícolas Guaspari e Villa Santa Maria, ambas de São Paulo.
Este ano, a vinícola Locanda do Valle fez o plantio de 3 dos 10 hectares de área disponíveis, sendo que no próximo ano, 2021, outros dois hectares serão cultivados.
Considerando os tempos de cultivo, produção e maturação, a primeira safra estará pronta para o consumo em 2023. A estimativa é que sejam disponibilizados ao mercado 12 mil garrafas de vinho e 10 mil litros de suco de uva no primeiro momento.
Inicialmente, os clientes poderão degustar os blends tinto e branco nas variedades Syrah, Sauvignon Blanc e Viognier. Contudo, haverá uma ampliação do mix na segunda safra com acréscimo do blend Rosé e das variedades Cabernet Sauvignon e Pinot Noir.
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